sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Oficina Clipestesia

Semana passada a equipe Clipestesia ministrou uma oficina aos calouros do curso de Estudos de Mídia da Universidade Federal Fluminense.

A oficina começou com uma apresentação da Ariane sobre sua trajetória acadêmica, sobre a disciplina Linguagem de Videoclipe que ofereceu em 2007 (e que está oferecendo esse semestre) de onde surgiu o site. Os integrantes da equipe (só faltou a Patrícia), cada blog e todos os formatos de matérias que utilizamos no site foram apresentados aos alunos. Foram exibidos diferentes clipes para exemplificar quais as características de um videoclipe e sua linguagem. Marcelo falou sobre como criar um roteiro para videoclipes, eu (Bianca) falei sobre a produção de videoclipes e Taís sobre a edição, dando uma prévia do que viria a seguir.

Na segunda parte da oficina propomos uma atividade prática. Os calouros escutaram duas músicas, Temporal da Pitty e Um Pequeno Imprevisto dos Paralamas do Sucesso, e tinham que criar um roteiro para o videoclipe de uma dessas músicas já que todas as duas não possuem um.

Todos os três grupos de alunos que aceitaram o desafio optaram pela música dos Paralamas, Um Pequeno Imprevisto. Agora você vai poder ler os três roteiros e votar no seu preferido. O roteiro que receber o maior número de votos será produzido pela equipe Clipestesia. Para votar é só deixar seu recado nos comentários.


Roteiro 1:
Alunos: Enio Graeff, Lucas Camacho, Anthony Ravoni e Bruno Souza

1ª/ 2ª: Vídeo caseiro familiar / Início da Banda / Sucesso

2ª p/ 3ª: Focaliza a Câmera no refletor do show e abre para um show mais recente com o Herbert de Cadeira de Rodas.

3ª: Paralelo das imagens das 1ª e 2ª estrofes com a nova realidade do cantor na cadeira de rodas.


Roteiro 2:
Alunos: Ana Carolina, Bruno Machado e Diogo Borges

1. Um homem está em seu quarto, sentado em sua escrivaninha. Ele está pensativo.
2. Foca-se em um papel em cima da escrivaninha onde o homem escreveu – em um momento anterior – a seguinte fórmula: “2+2 = amor”.
3. Ele levanta-se subitamente, determinado, como se tivesse que correr em busca de algo. Ele usa uma roupa casual. Ao levantar-se, calça um par de havaianas e sai para a rua.
4. Com a câmera focando-o de frente e de corpo inteiro, ele anda pela rua de maneira cuidadosa, pragmática. Ao caminhar , ele observa todo o cenário com atenção.
5. Subitamente, ele tropeça em algo e sua havaiana arrebenta.
6. A partir desse momento, ele começa a andar de costas, supostamente refazendo o mesmo caminho até sua casa. A câmera foca-o de frente.
7. O homem revela estranheza ao reparar que, apesar de estar percorrendo o mesmo caminho anterior, todas as coisas são diferentes. Desde o cenário (rua) às pessoas.
8. Ao chegar no lugar onde seria a sua casa, o homem observa que a mesma não está mais onde estivera, que desapareceu. E olha perdido ao redor.


Roteiro 3:
Alunos: Raquel, Andréia, Jéssica e Raphael

O clipe contaria a história de um rapaz que vivia controlado pela rotina extremamente regrada. Ele dormia sempre no mesmo horário, acordava sempre no mesmo horário, lanchava sempre no mesmo horário, ia por trabalho passando pelas mesmas ruas, usava o mesmo penteado e o mesmo modelo de roupa todos os dias e a todo o momento ele consultava o seu relógio. Essa rotina seria mostrada umas três ou quatro vezes no clipe até que um dia algo diferente acontece.

No caminho do trabalho pra casa, que era sempre o mesmo, ele passava por uma porta amarela, sempre via essa porta, mas nunca quis saber do que se tratava... Afinal era só uma porta. Mas num dia, de repente, uma menina cruza seu caminho e ele ao vê-la se encontra apaixonado e desorientado, pois ela seguiu um caminho que não era o dele e entrou na porta amarela. Ele por um minuto hesita, mas resolve segui la. No que ele se vira pra mudar de caminho, seu braço bate em um poste e o relógio que ele não vivia sem, se quebra, mas ele não percebe.

Ao entrar na porta amarela, ele está em uma praia que venta muito, seus cabelos sempre arrumados de despenteiam. E ele se sente desconfortável para andar na areia, mas vê a menina sentada não muito distante dele e tenta falar com ela. Ela parece ser de outro mundo, ela sorri para ele, mas não diz nada. O rapaz também não parece saber muito o que dizer. Então a menina se levanta e sai sem rumo. Entra em outra porta amarela. A porta do banheiro de um quiosque de praia. Ele vai atrás da menina.

Nessa porta ele se encontra em um show de rock, Os Paralamas do Sucesso, as pessoas ao seu redor pulam e acabam puxando sua blusa pra fora da calça e desabotoando seus botões. Ele fica perdido no meio do publico até que encontra novamente a menina. Dessa vez eles dançam juntos, o menino sem ritimo, mas se esforçando. Então ela o puxa pela mão e entram numa porta em baixo do palco.

Pela terceira vez ele se vê em um lugar que para ele seria inusitado. Um parque de diversões. Ele a procura, mas não acha, então já que ele esta ali resolve fazer algo que nunca fez: ir num carrinho de bate-bate. No meio da brincadeira ela a vê em outro carrinho e os dois brincam juntos até que o tempo do brinquedo termina e ela o leva para outra porta.

Nessa ultima porta, os dois estão em uma sala com nove portas diferentes. Ela sorri para o menino e entra em uma porta qualquer. Ele fica sozinho na sala olhando as outras portas e decide seguir outro caminho, se desprendendo assim de toda a rotina, inclusive da rotina de segui-la.

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